EMS e OMS: Por que diferentes tipos de software de gestão precisam conviver?

Recentemente falamos aqui sobre os protocolos de comunicação HTTP API e FIX, explicando seus papéis e comentando algumas de suas principais características e aplicabilidades no mercado financeiro.


Mas resta ainda falar algo mais sobre os dois lados dessa comunicação, ou melhor, da tecnologia por detrás dos softwares de gestão mais usados no universo tecnológico para finanças.


O tipo de sistema mais conhecido é o OMS, um Order Management System: uma solução baseada em software, cujo objetivo é fornecer apoio no gerenciamento das operações de investimentos, simplificando e automatizando o dia a dia operacional das empresas de mercado financeiro. Suas funções de gestão giram em torno da preparação para que ocorra uma negociação, ou seja, os principais passos que antecedem a execução da ordem. Como exemplo: análise de ativos, informações de investimento e mercado, controle de riscos, validação de compliance, atendimento de exigências legais como trilhas de auditoria e logs, distribuição de alocações, entre outras. Ou seja, numa gestora de investimentos, analistas de diversas áreas, do back ao front-office, recorrem a sistemas do tipo OMS antes de fazer a comunicação com plataformas de execução (como brokers). Por isso, o OMS foi um dos primeiros passos da ida do ecossistema financeiro para o mundo digital.


Já o EMS, Execution Management System, também é uma solução baseada em software, no entanto, seu objetivo principal é executar ordens com velocidade, disponibilizando aos trades dados e informações do mercado financeiro em tempo real. Além disso, o EMS permite negociações mais avançadas e complexas do que as que são suportadas por um OMS, são elas: ordens condicionais, negociação de lista, ordens de múltiplas etapas, entre outras. Nas gestoras, os traders, a partir do front-office, terão contato com EMS (no Brasil, são os sistemas da ATG, BTG, Santander, Bloomberg, etc.) para executar as ordens organizadas nos OMS.


Diversas empresas de tecnologia para o mercado têm feito pesquisas para otimizar o alcance de seus sistemas, tentando descobrir novos modos de combinar OMS e EMS, a fim de tirar de cada software o seu melhor proveito. Como podemos perceber, no ecossistema financeiro, diferentes tipos de softwares de gestão precisam conviver. O OMS e o EMS se complementam.


Daí surge a necessidade de oferecer soluções com potencial integrável e escalável, além de entender as particularidades de cada sistema e o protocolo de comunicação ideal para cada tipo de integração entre agentes financeiros. Nesse ponto, nos deparamos com uma questão há muito conhecida aqui na Investtools:


Não adianta entender apenas de tecnologia, mas é preciso conhecer com profundidade a estrutura e as dores do ecossistema financeiro.


Mas para usarmos um exemplo concreto, vejamos o caso do Arcon It, solução da Investtools para as gestoras de investimento. De forma análoga ao processo de um OMS, o Arcon It organiza as ordens antes de executá-las, tornando possível analisá-las e validá-las de acordo com estratégias, normas de compliance, regras de alocação etc. Sua principal função é garantir que um fundo não desenquadre.


De outro modo, um trader precisaria, no final do dia (ou seja, após a execução), conferir manualmente se suas ordens estão de acordo com as normas do fundo. Justamente por automatizar esse processo no momento anterior à execução, dizemos que o Arcon It é uma solução pré-trade, que fará contato, seja através de HTTP API ou de FIX, com os principais EMS do mercado. E falando em escalabilidade, ao usar o motor de regras de compliance do Perform It, o Arcon It ganha robustez ainda maior e atesta seu caráter integrável e personalizável, ao gosto das necessidades de cada gestora.


Natalia Lourenço | Coordenadora de Operações da Investtools



Uma sigla para Alocação, Risco e Compliance Online, o Arcon It, além de disponibilizar um sistema pré-trade integrado às principais plataformas de trading do mercado, oferece:

  • Motor de detecção de irregularidades no compliance,
  • Um sistema capaz de facilitar processos de auditoria,
  • Capacidade de integração com o carrying broker,
  • Potencial escalável com outras soluções da Investtools para gestoras, como o Perform It.




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